2 de mai. de 2012

“VISITA DOS ÍNDIOS CAINGANGUES"

No dia 30 de abril recebemos a visita  dos índios Caingangues.
 


 Fala do Vice-Cacique Antônio

Todos somos irmãos, mesmo sendo de diferentes etnias. Hoje não moramos mais em OCAS, mas sim em casas, procurando manter nossa origem e nossos costumes que são repassados de pais para filhos.
Nós, índios, não somos selvagens. Mas queremos compartilhar com os brancos a nossa vida.                
Foi apresentada uma cantiga indígena, sendo que os componentes usavam vestimentas típicas para o ritual, quando se reúnem para ir a guerra e defender suas terras. As marcas estampadas nas vestimentas querem dizer que estão sendo passadas de pais para filhos, para que essa chama fique sempre viva.
As águas, as matas, enfim, tudo que tem na terra dão vida ao ser humano, e tudo que vem da natureza faz parte de nossa cultura.
Os professores são índios da aldeia contratados pelo estado, sendo uma escola normal, os temas abordados em sala de aula são sobre sua cultura. A escola funciona de 1º ao 4º ano. Após o 5º ano, os índios frequentam escola normal fora aldeia. Aprendem tudo que precisam na escola indígena para poder acompanhar os conteúdos quando saírem da aldeia.
Na aldeia, todos convivem em liberdade, são donos de tudo e fazem tudo em conjunto, sendo uma grande comunidade, já na cidade é bem diferente, todos tem seu terreno demarcado.
A língua falada no seu idioma e na sua linguagem caingangue e cada etnia tem a sua linguagem, essa aldeia indígena chama-se Por fĩn.
Pela falta de sustentabilidade, e falta de alimentos na natureza, então saem das aldeias pare vender seus artesanatos como meio de sobrevivência.
 Praticam esportes como futebol, vôlei entre outros, já as brincadeiras são o aprendizado da confecção do artesanato, desta forma são preparados para sua sobrevivência.
Nos rituais de morte, os índios dançam como sinal de despedida, para o lugar onde Deus tem preparado e que vá em paz.
Os índios já estão informatizados, tendo acesso à  Internet na aldeia.
A função do Cacique é representada pela liderança indígena para ir em busca de suas necessidades, como projetos de melhoria para sua aldeia, trabalhando em prol do bem estar de sua comunidade. 
 
Quando se aproxima o nascimento dos bebês as índias são conduzidas para as maternidades locais, os nomes são dados pelos seus avós, sendo batizados com nomes indígenas e em português.  Os índios podem contrair matrimônio, a partir dos 17 anos para as moças e 20 anos para os rapazes.

Antigamente os pais escolhiam os cônjuges para seus filhos para que não se casem com parentes, hoje em dia é de livre escolha. Os os índios já estão casando com brancos, antes isso não era permitido, porém hoje a lei se modificou, mas quando isso acontece o índio é banido de sua aldeia, não sendo permitido sua moradia na aldeia.
Existem alguns pajés nas aldeias, que utilizam ervas medicinais para cura de enfermidades e são apoiados pelas lideranças. Porém os casos graves são encaminhados para hospitais
Os índios que vivem na cidade é negado assistência por parte do governo. Alguns índios trabalham em empresas, possuem carros e dirigem. Os índios idosos recebem aposentaria do governo.
A grande maioria dos índios confeccionam artesanato, vivem e trabalham dentro de sua aldeia/comunidade, são barrados do trabalho fora da aldeia pela falta de qualificação. 
A escola realizou campanha de alimentos não perecíveis, que foram entregues pelos alunos Ágata, Cleberson, Ariele e Chaiane (que são descendentes indígenas) para o vice-cacique.
O vice-cacique agradeceu a oportunidade de expor para os alunos um pouco da sua cultura e costumes, prometendo o retorno para o ano seguinte com mais atrações.
Depoimentos dos Alunos
  • A vida dos índios hoje tem semelhança com a vida das pessoas da cidade, assim estão vivendo melhor e com mais facilidade. Roger – 91
  • Depois da palestra, tivemos a oportunidade de visualizar os artesanatos, tudo muito lindo, aprendi muito com eles. Jaqueline – 91
  • Trouxeram vários objetos artesanais que eles mesmos produzem. Enfim, gostei muito, pois conhecimento nunca é demais. Bianca – 91
  • O conhecimento trazido por eles foi muito importante para nós, pois assim conhecemos vidas e lugares diferentes. Isnete – 91
  • Falaram sobre suas dificuldades perante a sociedade em ganhar o direito de entrar em todos os lugares e conseguir empregos. Thalia – 91
  • Que massa! Soube que entre eles tudo é de todos. Ismael – 81

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